Com ascendência chinesa e rápida velocidade de raciocínio, In Hsieh, Co-Founder da , foi o último palestrante do primeiro dia do Marketplace Live Edition.

E ninguém melhor do que ele para falar sobre o que podemos aprender com o ecossistema chinês e com as boas práticas para viver durante e depois do coronovírus.

A China se destacou nas últimas semanas, por ter sido o local de surgimento do novo coronavírus, que em poucas semanas, se tornaria uma pandemia.

E ninguém duvida que em pouco tempo a China voltará a se tornar líder no comércio mundial, principalmente eletrônico. Afinal, com grande velocidade de resposta, o governo chinês deixou várias províncias em quarentena e nesta semana, com a redução dos novos casos de Covid-19, anunciou o fim do isolamento para os primeiros dias de abril.

In Hsieh, Co-Founder da Chinnovation, sendo apresentado por Vivianne Vilela, Diretora Executiva do E-commerce Brasil

China: marketplace, modelos de negócios e o coronavírus

Os números apresentados por In Hsieh são referentes ao período pré-coronavírus. Na visão dele, os chineses têm um perfil de querer resolver problemas e aproveitar oportunidades que existem no mercado. Por isso que, muito mais do que inovação tecnológica, os chineses são focados em aplicação comercial, mindset, estratégia, velocidade e desenvolvimento de negócios.

Não é à toa, que a China é uma das maiores economias do mundo. O país tem posição de destaca, principalmente pela transformação do PIB e do quanto a transformação digital significa dentro do dia a dia da população, segundo afirmação de In.

Ele diz que informações do final de 2017 e início de 2018, mostram que quase 7% do PIB chinês vinha do mercado de internet , como e-commerces, por exemplo.

“O setor de pagamento via celular é uma das áreas mais importantes. Quem vem acompanhando, mesmo que de longe, a China, já percebeu que a grande transformação vem do mobile e os meios de pagamento são a grande estrela.”, afirma In

E-Commerce e Marketplace

De acordo com In, aos poucos é possível entender os fenômenos ligados ao e-commerce. As estimativas de tamanho do mercado, especificamente B2C, e o grau de penetração do e-commerce dentro do varejo chinês, mostram que a maior parte do volume de transações é via marketplace na China.

“Ou seja, de fato as lojas que fazem venda direta por sites próprioa representam até menos que 10% do comércio eletrônico na China”, explica In. E isso é concentrado em alguns players, como Alibaba (considerado por In o grande Player puramente composto de marketplace).

E uma boa parte dos players não atuam só no mercado local chinês. “Por isso existe uma penetração tão grande do e-commerce chinês  dentro do varejo eletrônico global”, ressalta.

Leia também: O impacto do coronavírus no e-commerce

Ele fez uma comparação entre as empresas chineses e outras grandes companhias de marketplace. “Quando a Amazon entra em outros mercados, normalmente, ela entra para destruir. Tem grande nível de concorrência e competição e as empresas concorrentes perdem valor de marcado. Enquanto isso, na China, o Alibaba, quando entra em um novo setor, é um comportamento completamente diferente”, analisa In.

Ele continua: “Isso é interessante, principalmente no relacionamento com seus sellers, porque a amazon vende um modelo de negocio que esta ligado ao varejo e o Alibaba é puramente marketplace. Então, na China os principais players tem um relacionamento totalmente diferente com os selles, em relação ao que a gente têm no mercado ocidental”

Com isso, explica In, os Sellers chineses têm um perfil diferente. Menos voltados para o varejo, menos voltados para o comércio e mais focados em tecnologia, dados e logística.

“Os sellers na China acabam sendo organizadores de cadeias de suprimento e também empresas de tecnologia que se utilizam de dados, para integração. E diferente do ocidente , o Alibaba aproveita muitas informações, muitos insights para que os sellers consigam fazer a comercialização dos seus produtos.

Modelo chinês

Na China, segundo In, não importa de você é uma grande ou pequena empresa, é preciso estar associado a um desses grandes players, como Alibaba.

A estratégia das companhias chinesas, agora, é replicar um modelo parecido no Brasil. E com essa realidade do coronavírus, cada vez mais, a população depende de serviços online.

“Cada vez mais o modelo de super APP faz sentido, porque o cliente quer ser atendido totalmente dentro do aplicativo”, explica In.

Ele finaliza comentando a importância da digitalização dos negócios: “O e-commerce representa 25% do varejo, mas o Alibaba não quer crescer esses 25%, ele quer digitalizar os 100%”

 

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